Técnicas de Natação

Para se nadar convenientemente é preciso saber coordenar os movimentos dos braços e os das pernas com a respiração.
O maior obstáculo para aprender a nadar é o medo da água ou um grande nervosismo, o que faz com que os músculos fiquem demasiado tensos. Já se fizeram progressos nos métodos para ultrapassar este problema. Um deles é começar a ensinar as crianças desde bem pequenas, pois verificou-se que quanto mais cedo isso for feito, mais fácil é para elas, embora também se consigam ensinar pessoas mais velhas.
Ensinar natação a várias pessoas ao mesmo tempo só começou a ser utilizado na 2ª Guerra Mundial, como forma de treino das tropas.
As crianças podem desde cedo aprenderem estes estilos todos,com a ajuda claro de um profissional adequado para o efeito.

Os Estilos de natação são considerados  5:

Bruços
É o estilo mais antigo de todos, originário do século XVII.
Neste estilo, o nadador vira-se de barriga para baixo, de braços para a frente e com as palmas das mãos viradas para baixo. As pernas e os braços movimentam-se apenas horizontalmente, estes últimos fazendo um coração em cada ciclo, indo atrás dos ombros, e voltando à posição inicial, sempre à tona de água. As pernas encolhem-se até ao pé do corpo, com os joelhos dobrados, e depois esticam-se novamente para trás, como um chicote.
Quando os braços e as pernas estão esticados, a cabeça vai abaixo da água e a pessoa expira. Quando as pernas e os braços vêm atrás, a cabeça fica fora de água e a pessoa inspira.
Ao darmos uma braçada, de bruços, estamos a solicitar os músculos dorsais, os peitorais, os bicípites e os fixadores da mão.
O movimento das pernas exercita os flectores da perna sobre a coxa, os flectores da coxa sobre a bacia, os extensores da perna, os adutores e os posteriores da coxa e os motores do pé.
Também se utilizam os abdominais e os músculos do baixo dorso como fixadores.



Crawl
O crawl, também conhecido por estilo livre, por ser o estilo de escolha nas provas de estilo livre, foi desenvolvido em 1870 por John ArthurTrudgen.
Neste estilo, a pessoa vira-se de barriga para baixo. Um braço move-se pelo ar, com a palma da mão virada para baixo, pronta para mergulhar dentro de água, com o cotovelo relaxado, enquanto o outro braço, debaixo de água, propulsiona o corpo (para obter a máxima eficiência da braçada, esta deve ser executada em forma de “S”). As pernas fazem uma espécie de pontapés agitados, num movimento alternado para cima e para baixo desde as ancas, com as pernas relaxadas, os pés e os dedos esticados para baixo. Enquanto se dá uma braçada, as pernas movimentam-se quatro a oito vezes.
A respiração é muito importante neste estilo. Deve-se respirar uma vez inteira por cada ciclo de movimento de braços. O nadador inala pela boca, ao virar a cabeça para o lado, quando o braço vai a passar, e exala debaixo de água, quando o outro braço avança.
No batimento das pernas intervêm os músculos quadricípites, os adutores e posteriores da perna. Quando os braços estão na fase de tracção utilizam-se o peitoral e o grande dorsal, mas quando estão na fase de impulso solicita-se mais o tricípite braquial.
Os abdominais e os músculos do baixo dorso servem como fixadores.


Costas
Foi pela primeira vez utilizado nos Jogos Olímpicos de 1912 pelo nadador Harry Hebner. 
Este estilo é essencialmente o crawl, mas com o nadador virado de barriga para cima e com os braços esticados, de cotovelo contraído e com as palmas das mãos viradas para fora.
Os principais músculos que permitem a tracção são o grande dorsal e o peitoral. Na fase de impulso é o tricípite braquial o mais solicitado.
No movimento das pernas são o quadricípite e os músculos inferiores da coxa que têm um papel de destaque.
Os abdominais e os do baixo dorso são os músculos que fixam a bacia.




Mariposa
Este estilo foi desenvolvido nos anos 30 por Henry Myers, mas apenas foi considerada um estilo oficial e de competição na década de 50.
Nesta variação de bruços, os braços são atirados para a frente ao mesmo tempo, por fora de água, e voltam para trás, simultaneamente, debaixo da água. Este movimento de braços é contínuo e acompanhado com um ondular de pernas e pés juntos, um pontapé à golfinho.
No ondular das pernas são principalmente utilizados os músculos anteriores da coxa.
Ao movimentar os braços, o peitoral, o dorsal, o tricípite e o bicípite estão a ser exercitados. Na recuperação são o deltóide e o trapézio os mais solicitados.
Tal como em todos os outros estilos, os abdominais e os do baixo dorso actuam como fixadores.
É importante referir que este estilo exercita músculos que não é conveniente serem exercitados, não sendo portanto dos mais aconselháveis.
Lateral
Este estilo, também conhecido como agulha ou tesoura, foi dos primeiros a ser usado em competições, mas actualmente é apenas usado em natação não competitiva. Mesmo assim, é importante saber nadá-lo, pois é útil como técnica para salvar vidas, também porque requer menos esforço físico e é mais confortável (devido à cabeça estar sempre fora de água) e está bem adaptado a longas distâncias.
O nadador deita-se de lado e move os braços simultaneamente: enquanto o de cima propulsiona o corpo, o de baixo, que está flectido, estica-se, fazendo com que o corpo deslize com suavidade sobre a água.
Acompanhando o movimento dos braços, as pernas movem-se como uma tesoura, esticando-se e relaxando na fase do deslize.